Vitória x Ceará: o jogo da vida, da morte e da ressurreição

No Barradão, Leão faminto encara Condé, velho algoz vestido de visitante; noite promete sangue, suor e lágrimas

Salvador, 02 de outubro de 2025 — O Barradão não será apenas palco de futebol. Será palco de tragédia. Vitória, mutilado por derrotas e ameaçado pelo rebaixamento, encara o Ceará e reencontra Léo Condé, o técnico que já foi herói e hoje retorna como inimigo. É o tipo de jogo que não admite empate: ou a glória, ou o abismo.

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O torcedor do Vitória já não sabe se chora ou se reza. Três derrotas seguidas, 18º lugar na tabela, 22 pontos, e uma corda no pescoço que aperta a cada rodada. O time de Jair Ventura joga pela sobrevivência — e contra o fantasma da própria covardia.

Do outro lado, o Ceará. O Vovô chega embalado pela vitória contra o São Paulo no Morumbi, respirando no 11º lugar. E traz à beira do campo a figura quase trágica de Léo Condé: o treinador que deu ao Vitória a Série B, o estadual e a invencibilidade. Hoje, retorna como carrasco.

“Para mim é especial voltar ao Barradão”, disse Condé, com a frieza dos algozes que sabem onde fincar a faca.

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🎥 VITÓRIA EM DESTAQUE

🔥 Escalações prováveis

📌 Vitória – Técnico: Jair Ventura

Desfalques: Alexandre Fintelman, Davi, Fabri e Jamerson.

Pendurados: Lucas Arcanjo, Claudinho, Ramon, Halter, Carlinhos, Kayzer, Renzo López, Camutanga e Erick.

📌 Ceará – Técnico: Léo Condé

Desfalques: Dieguinho (suspenso), Fernandinho (alergia), Lucca (amigdalite).

Pendurados: Bruno Ferreira, Marllon, Rafael Ramos, Galeano e Pedro Henrique.

🎤 Arbitragem

Árbitro: Matheus Delgado Candançan (SP)

Assistentes: Fernanda Nandrea Gomes Antunes (MG) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)

VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)

⚔️ O drama em campo

O Vitória joga contra o Ceará, mas o inimigo maior é o próprio relógio. Restam 13 rodadas. Treze degraus para o céu ou para o inferno. No ataque, Renato Kayzer, em jejum de gols, promete ser o artilheiro que não marca — paradoxo cruel que só o futebol explica.

O Barradão já viu milagres. E o torcedor rubro-negro, supersticioso como um personagem trágico, insiste: “Difícil, mas não impossível”.

A noite desta quinta não é só futebol. É destino.