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Em jejum no Vitória, Kayzer clama por milagre contra a queda

Atacante revive lembrança com o Athletico e acredita que o impossível ainda cabe no Barradão

Entrevista com Renato kaiser

Salvador, 01 de outubro de 2025 — O Vitória sangra. Depois de três derrotas consecutivas, o rubro-negro despencou para a 18ª posição, a cinco pontos da salvação, e com apenas 12,42% de chance de permanecer na Série A. A matemática é impiedosa, mas Renato Kayzer insiste: ainda há espaço para o impossível.
No campo, o atacante é a imagem da fé em decadência. Jejuado de gols há cinco partidas, ele fala como quem segura a vela no velório e insiste em ver ressurreição:
— “Já passei por isso em 2020, no Athletico. Era tragédia certa, e terminamos em nono. O segredo é pensar jogo a jogo. Difícil, sim. Mas não impossível” — disse, como se fosse um profeta exausto.

🎭 O drama rubro-negro

O torcedor olha a tabela e sente o abismo. O Vitória fechou o primeiro turno com 18 pontos, um a menos que o Athletico de Kayzer em 2020. E, na 25ª rodada daquele mesmo ano, o Furacão tinha seis pontos a mais do que o Leão possui hoje. A esperança, portanto, não vem da aritmética — vem da mística.

Kayzer, com sete gols no campeonato, é o artilheiro da equipe, mas tropeça em silêncio diante das redes. O jejum é um fantasma que o acompanha, como uma sombra que se senta ao lado na arquibancada. Ainda assim, ele desafia a lógica e invoca o Barradão como templo de redenção:
— “Aqui eu me sinto abraçado. Aqui é casa. Se Deus quiser, amanhã, sairemos com a vitória”.

O jogo como confissão

Cada entrevista de Kayzer é quase uma confissão de fé e desespero. Ele admite o peso da ausência de gols, mas repete que não se trata de vaidade pessoal — o que importa é o Vitória vencer. É o discurso do atacante que quer ser herói, mas teme ser mártir.

Sobre os erros da equipe, ele assume a condição de pecador:

— “A gente começa bem, mas cede. É gesto técnico, é descuido. Nosso tempo é curto. Mas precisamos acreditar no processo”.

E sobre o futuro, fala como quem enxerga o campeonato como uma via-crúcis:

— “São 13 jogos. Cada um é uma final. A dificuldade é imensa, mas a gente precisa reagir”.

📉 Tragédia anunciada ou renascimento?

No estilo mais cruel do futebol, o Vitória vive pendurado entre o abismo e a ressurreição. Para o rubro-negro, cada minuto contra o Ceará será mais do que jogo — será juízo final. Kayzer sabe: ou volta a marcar, ou ficará para sempre como personagem de uma tragédia anunciada.

Porque, como dizia o poeta louco, o futebol não é só bola e gol. É vida e morte, pecado e salvação.







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