Jair Ventura elogia desempenho do Vitória na estreia e mantém otimismo em fuga do Z-4

Rubro-Negro perde por 3 a 1 para o Grêmio, mas treinador aposta na luta até o fim do Brasileirão

Salvador, 28 de setembro de 2025 — O futebol, meus caros, é um teatro de tragédias. O Vitória estreou Jair Ventura no comando técnico e saiu de Porto Alegre com mais uma derrota: 3 a 1 para o Grêmio. O placar foi cruel, implacável como uma lâmina. Mas Jair, no seu batismo de fogo, enxergou grandeza onde havia ruína: destacou a performance, a entrega, e jurou que ainda há saída do fundo do poço.

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Na manhã deste domingo, na Arena, o enredo seguiu a lógica implacável do futebol brasileiro. André Henrique abriu o placar para o Grêmio, Aitor até ensaiou devolver a esperança, mas Amuzu e Aravena decretaram a sentença. O 3 a 1 foi o epitáfio de mais uma rodada para o Vitória, que afunda na antepenúltima colocação, com 22 pontos, e amarga a terceira derrota consecutiva.

Em sua primeira coletiva, Jair Ventura não baixou os olhos. Ao contrário, fez da palavra uma trincheira:

“É difícil elogiar a performance sem resultado, mas gostei muito do jogo. No primeiro tempo, fomos melhores. Competimos, brigamos, tivemos chances. A derrota foi ruim, mas não posso dizer que não gostei da entrega.”

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Era o tom de um técnico que encontra no caos um fiapo de esperança. O poeta louco diria que Jair falou como quem se recusa a beijar a lona — como um lutador ferido que ainda levanta os punhos.

📊 Situação na tabela: O Vitória segue no Z-4, em 18º lugar. O Grêmio, embalado, respira no meio da tabela, agora distante dez pontos do Leão.

🔴⚫ Próximo duelo: O Ceará, nesta quinta-feira, em Salvador. Jair já tratou como “final de Copa do Mundo”, um jogo de vida ou morte.

Na análise do treinador, o Vitória errou nos detalhes — o vacilo no lateral que virou gol, a perda de bola que custou o segundo. Mas sobrou fôlego para elogiar a força mental do elenco:

“Gostei do que vi. Não vi um time abatido. Vi luta, vi competitividade. Precisamos ajustar, mas temos condições de sair.”

E falou ainda com fé no torcedor, esse personagem literário que é sempre maior que a própria derrota:

“Não preciso convocar a torcida. Sei que eles estarão lá. Eles vão nos empurrar para essa vitória que precisamos tanto.”

O futebol é isso: drama, suor, lágrimas e aplausos. O Vitória perde, mas não desiste. Perde, mas não se entrega. E se o Z-4 parece uma cova aberta, Jair Ventura jura que ainda há espaço para o milagre.

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