Do futsal ao Barradão: Caíque Gonçalves, o volante que chegou tarde — e chegou pronto

Origem no futsal e trabalho com Jair Ventura

Destaque do Juventude, volante despertou interesse de Grêmio e Internacional antes de fechar com o Vitória para 2026

Por F. M. Ravenscroft — Salvador, 23 de dezembro de 2025

Caíque Gonçalves é uma das armas do Ju para a final com o Grêmio — Foto: Fernando Alves/E.C Juventude

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O futebol adora os meninos prodígios, mas o Vitória de 2026 resolveu apostar no homem que chegou tarde. Caíque Gonçalves não saiu da base milionária, não teve empresário precoce nem capa de revista aos 16 anos. Veio do futsal, da várzea, da fábrica de batatas e da espera. Chega ao Barradão aos 30 anos como quem não pede licença: pede a bola.

Primeiro reforço confirmado pelo Vitória para a próxima temporada, Caíque encaixa-se perfeitamente no vocabulário preferido do presidente Fábio Mota: “guerreirinho”. Não o guerreiro folclórico, mas o operário do meio-campo, aquele que entende que sobreviver também é uma arte. O contrato vai até dezembro de 2027.

– Muitos vão confirmar, outros vão achar que é mentira, mas eu quando eu era menor, dos 12 aos 15, eu jogava futsal e era muito habilidoso, muito mesmo, só que você vai nivelando tem que ser muito acima do pessoal. Vi que estava ficando para trás e mudei de posição. Era atacante de beirada, fui descendo e parei no volante. Graças a Deus foi onde consegui me consolidar – contou Caíque, em entrevista ao ge quando defendia o Juventude.

Natural de Guarulhos, Caíque pulou etapas. Enquanto outros acumulavam títulos de base, ele dividia a adolescência entre quadras de futsal e campos de terra batida.

Caíque Gonçalves é esperado na Toca do Leão no começo de janeiro. Em 2026, ele vai defender o Rubro-Negro em quatro competições: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.