Rubro-Negro mira o Mirassol após vitória dramático e respira fora do abismo
A vitória sobre o Sport, longe de ser apenas uma vitória, teve ares de tragédia invertida — dessas em que o herói, em vez de cair, cambaleia e se mantém de pé por milagre. Mas, como é típico do futebol, e sobretudo do Vitória, não houve tempo para epopeias: a Série A não perdoa sentimentalismos.
Já na tarde desta terça, como personagens disciplinados de um drama à moda antiga, os jogadores se reapresentaram na Toca do Leão. O adversário da vez é o Mirassol, que chega ao Barradão neste sábado como mais um capítulo desse romance rubro-negro que beira o delirante.
Os titulares, ainda marcados pelo esforço da batalha em Recife, seguiram o ritual sagrado da recuperação — academia, crioterapia, massagens, botas pneumáticas e a velha banheira quente que, se pudesse falar, teria mais histórias do que muito cronista.
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Os demais atletas, os que ainda têm fôlego para correr atrás do destino, foram ao campo para movimentações sem bola, confrontos diretos e finalizações. Tudo com aquela intensidade dramática que faria o poeta louco suspirar: “O futebol é a única guerra que admite poesia”.
O capitão Lucas Halter, mesmo sendo titular, correu ao redor de um dos campos como quem desfila um presságio — talvez uma preparação silenciosa, talvez um pacto particular com o gramado.
Resta ao Vitória, agora fora do Z-4 mas ainda cercado por sombras, encarar as últimas três rodadas com coragem, com garra e com a inevitável dramaticidade que acompanha todos os seus passos.


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