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Baralhas ergue a voz, defende Ronald e promete “200% de sangue e alma” no Ba-Vi

Entre o inferno da zona e o paraíso da glória, o volante do Leão fala como quem sabe que um clássico não se joga — se vive.
Baralha em coletiva de imprensa

Salvador, 16 de outubro de 2025 — O santuário Colossal amanheceu com cheiro de milagre e tensão. No ar, aquele perfume agridoce de um jogo que decide mais do que três pontos — decide o orgulho, o fôlego e talvez o destino de um clube inteiro. Gabriel Baralhas, o homem de chuteiras gastas e verbo sincero, foi o escolhido para falar pelo Vitória na véspera do Ba-Vi. E falou como um réu que conhece a sentença, mas ainda acredita na absolvição.

“Temos que dar 200%”, disse, entre dentes e fé. “Cada um precisa fazer mais do que pode, porque nossa situação exige isso.”

📉 O Vitória é o 17º colocado — o primeiro degrau do abismo chamado Série B. Do outro lado, o Bahia sonha com Libertadores, acomodado no sexto lugar. Mas em clássicos, posição é irrelevante: o Ba-Vi é guerra santa, onde até o empate tem gosto de sangue.

🔥 O drama rubro-negro e a redenção que se pede em campo

Baralhas sabe o peso da camisa que veste. Desde que chegou, jogou 38 vezes, marcou quatro gols e foi testemunha ocular das noites insones do Barradão. Mas há sete jogos o Vitória não vence o rival. Sete! Um número que, no futebol e na tragédia, sempre parece carregar o cheiro do destino.

“Sim, é mais importante para o Vitória”, confessou, como quem rasga o peito. “Sabemos da nossa situação. Temos que sair dela.”

Ao seu lado, o companheiro Ronald vive dias difíceis. Errou contra o Vasco, virou alvo fácil. Mas Baralhas, fiel como irmão de trincheira, não titubeou:“Ronald é um grande jogador. Com a bola, é brilhante. Sem ela, não vejo problema. Precisamos apenas conversar mais. Ajustar. Corrigir com o coração.”

🏟️ Barradão: o altar do sacrifício e da esperança

O Barradão será o cenário de mais um capítulo dessa eterna peça em que o Vitória é, às vezes, o herói trágico. Às 21h30 desta quinta, o estádio deixará de ser concreto e se tornará metáfora. O gramado será palco de redenção ou suplício.

O técnico Jair Ventura, que conhece as sombras da derrota e o brilho breve da vitória, prepara o time com silêncio e suor. A provável escalação: Lucas Arcanjo; Raúl Cáceres, Edu (ou Neris), Camutanga, Zé Marcos e Ramon; Baralhas e Ronald; Erick, Aitor Cantalapiedra e Renato Kayzer.

🗣️ As confissões de um volante em guerra:

Sobre a ausência de Lucas Halter: “Vai fazer falta, é o nosso capitão. Mas quem entrar vai corresponder.”

Sobre Jair Ventura: “Ele passa confiança. Deixa a gente pensar. E no futebol, pensar é quase um luxo.”

Sobre as brigas e expulsões em clássicos: “O que passou, passou. Agora é cabeça fria e alma quente.”

Sobre a torcida: “É surreal. A gente sente o amor da arquibancada como quem sente o coração batendo fora do corpo.”

💣 O Ba-Vi não é um jogo — é um epitáfio

O poeta louco dizia que “toda unanimidade é burra”. No Ba-Vi, toda certeza é uma armadilha. O Vitória entra para provar que o improvável é possível — e que o inferno da Série B pode ser adiado por mais noventa minutos de fé.

Porque hoje, no Barradão, não haverá tática, não haverá estatística. Haverá apenas homens. Homens de chuteiras, de suor, de medo e de glória.

E Baralhas, o volante que prometeu “200%”, talvez só precise de um chute — um único chute — para virar o herói que o Barradão espera desde sempre.

🟥⚫ Vitória x Bahia – Quinta, 21h30. Barradão. 28ª rodada do Brasileirão.





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