Há seis meses sem participar de gols, o maestro do Vitória enfrenta o seu próprio calvário no banco de reservas
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O futebol é cruel como um espelho: um dia ele reflete o gênio; no outro, o esquecimento.
🎭 O fim de um ato brilhante
Em 2024, Matheuzinho era o coração do Vitória. Seis gols, dez assistências, e uma orquestra rubro-negra que tocava ao seu comando. Ele não corria: fazia o tempo correr em torno de si. Hoje, corre atrás do tempo.
Na Série A de 2025, restaram duas participações diretas em gol — e a última foi no longínquo 16 de abril, contra o Fortaleza. Desde então, o relógio virou seu maior adversário. No Ba-Vi do dia 16, completará seis meses sem participar de um único gol. Um jejum que dói mais na alma do que nas estatísticas.
⚕️ Lesões, dores e o corpo como inimigo
O drama não começou no banco, mas no corpo. Lesões no tornozelo, desconfortos musculares, uma fascite plantar cruel, 37 dias de tratamento e um retorno apressado — jogou até machucado numa final de Campeonato Baiano.
Em campo, ainda brilhava em lampejos. Mas cada toque vinha com dor. E o futebol, esse deus impiedoso, não perdoa quem joga mancando.
Mesmo assim, Matheuzinho sobreviveu a três técnicos — Thiago Carpini, Fábio Carille e Rodrigo Chagas — e manteve a fé do torcedor. Em julho, o clube lhe entregou a camisa 10 após a saída de Wellington Rato. Era o símbolo da esperança. Hoje, é o peso da lembrança.
🧠 O olhar frio de Jair Ventura
Com a chegada de Jair Ventura, o romance virou relatório técnico. O novo comandante foi categórico na coletiva após a vitória sobre o Ceará:
“Aqui ninguém tem vaga garantida. Nem o dez, nem o sete, nem o nove.”
Era o epitáfio do prestígio. O treinador elogiou o grupo, destacou a igualdade, mas cada palavra soava como sentença. Sob seu comando, Matheuzinho foi reserva em três jogos e atuou apenas 54 minutos de 180 possíveis — menos de um terço do tempo.
O craque que já ditou o ritmo do Barradão agora espera sua deixa como um coadjuvante que esqueceu o texto.
🕰️ Tempo e redenção
A Data Fifa surge como respiro. Dez dias sem jogos, dez dias de preparação. Dez dias para um homem e um jogador buscarem o mesmo objetivo: reencontrar-se.
O destino, porém, é caprichoso. O próximo confronto é o BA-VI, o clássico que não perdoa meio-termo. Ali, cada passe pesa, cada erro é lembrado, cada herói pode renascer — ou cair de vez.
O Barradão o espera, como uma arena de tragédia. E Matheuzinho, o maestro adormecido, tem diante de si o ato final de um enredo que o poeta louco escreveria com lágrimas e ironia:
“O futebol é o ópio e o palco dos homens. E, às vezes, o homem perde o dom — só para, mais tarde, lembrar que ainda sabe sonhar.”
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