Ticker

6/recent/ticker-posts

Vitória irreconhecível é atropelado pelo Bragantino e agora depende de outros resultados para escapar do rebaixamento

Um passeio impiedoso: Bragantino goleia e expõe as feridas do Leão
Por Redação — Bragança Paulista 04/12/2025 · Atualizado há instantes

BRAGANTINO 4 x 0 Vitória

Em Bragança Paulista houve, nesta quarta-feira, algo mais que um jogo: um espetáculo de descompasso, uma farsa trágica em que o Vitória compareceu sem o figurino e sem o texto. O Red Bull Bragantino, esse ator frio e eficiente, entrou no palco decidido a subir — e subiu em cima do Leão. O placar final: Bragantino 4 x 0 Vitória. Uma goleada que não se mede apenas em gols, mas em humilhação, em esperanças diluídas, em futuros que se complicam.

Enquanto o Massa Bruta mirava o G-8, o Vitória buscava fugir da degola. Em conflito de objetivos, venceu a razão do clube melhor armado: eficiência. E a consequência cruel: o Leão volta a depender da sorte — e dos outros — para sonhar com a permanência.

Os gols — a avalanche que começou cedo

O massacre foi iniciado nos primeiros minutos, como se já estivesse escrito no roteiro. Aos 5', Jhon Jhon serviu Eduardo Sasha, que empurrou com categoria para a rede. Dois minutos depois, Sasha voltou a aparecer — Pitta ajeitou, Sasha completou. O Vitória olhava e não acreditava.

No segundo tempo, a carnificina prosseguiu: aos 5' Lucas Barbosa recebeu passe de Sasha e chutou com a esquerda, sem dó. E aos 19' Juninho Capixaba cruzou; Jhon Jhon arrematou; Thiago Couto até espalma, mas o rebote veio como sentença — Jhon Jhon, de novo, empurrou para a rede.

Resumo dos gols
1–0 (5') Eduardo Sasha (assistência: Jhon Jhon)
2–0 (7') Eduardo Sasha (assistência: Isidro Pitta)
3–0 (5' 2T) Lucas Barbosa (assistência: Eduardo Sasha)
4–0 (19' 2T) Jhon Jhon (aproveitamento de rebote)

Classificação — céu de um, inferno de outro

Com a vitória, o Bragantino alcança 48 pontos e sobe para a nona colocação — um respiro e a manutenção do sonho de brigar por vaga na parte alta. O Vitória, por sua vez, vê-se agora no limiar: retorna ao Z-4, na 17ª posição com 42 pontos, e passa a rezar por combinações alheias.

Vozes do campo — falas que dizem mais que manchetes

Jhon Jhon (Bragantino): “Hoje conseguimos livrar do rebaixamento de vez, e agora é focar na pré-Libertadores... se apareceu algo é porque está dando certo.”
Osvaldo (Vitória): “Pedir desculpa ao torcedor... não foi o time que entrou nos últimos jogos. Fomos muito displicentes e pagamos caro.”

O jogo minuto a minuto — pequenos crimes, grandes consequências

46' 2T — FIM DE PAPO. Termina o passeio em Bragança: 4 a 0. O Vitória sai cabisbaixo; o Bragantino celebra com frieza tática.

45' 2T — Ramires solta uma bomba; Couto defende; arbitragem marca impedimento.

44' 2T — Vinicinho tenta pela esquerda, erra o passe; Osvaldo intercepta e sofre falta.

40' 2T — Couto espalma chute de Vitinho; lance anulado por falta prévia.

35' 2T — Cabeceio de Gustavo Marques para fora; o tempo passa e o Vitória não encontra a reação.

Estatísticas que não perdoam

Posse: Bragantino 59% · Vitória 41%
Finalizações: Bragantino 19 · Vitória 6
Ao gol: Bragantino 9 · Vitória 2
Escanteios: 5 · 0
Passes: 491 · 334

Escalações e reservas

Bragantino (inicial)
Cleiton
Andres Hurtado · Gustavo Marques · Alix Vinícius · Juninho Capixaba
Gabriel · Gustavinho · Eric Ramires
Lucas Barbosa · Isidro Pitta · Eduardo Sasha (2)
Vitória (inicial)
Thiago Couto
Lucas Halter · Camutanga · Zé Marcos
Raúl Cáceres · Willian Oliveira · Baralhas · Ramon
Erick · Aitor Cantalapiedra · Renato Kayzer

Arbitragem e local

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) · Assistentes: Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ) e Alex dos Santos (SC) · Quarto Árbitro: Gustavo Ervino Bauermann (SC). Estádio: Cícero de Souza Marques, Bragança Paulista.

O veredito — uma leitura do poeta louco 

O poeta diria que o futebol é onde o homem se mostra inteiro: suas virtudes, seus vícios, suas fraquezas. Hoje, no gramado paulista, o Vitória mostrou-se desnorteado; a equipe que havia construído invencibilidade recente perdeu a linha, a coragem, a fé coletiva. Foi atropelado pela frieza de um Bragantino que não pede perdão — só resultados.

Conclusão: o Leão agora depende dos outros. Não é lugar para heróis; é lugar para milagres. E o futebol, caprichoso e generoso, às vezes os concede. Resta ao torcedor rubro-negro — esse público que ama com febre — manter a chama acesa e esperar que o roteiro mude. Porque até as piores tragédias podem ter um segundo ato.

Postar um comentário

0 Comentários