MANHÃ DE SÁBADO DEDICADA AOS AJUSTES FINAIS PARA O RUBRO-NEGRO ENCARAR O BOTAGOGO

Sob o sol impiedoso da manhã baiana, o Leão Colossal encerra os preparativos para enfrentar o Glorioso.

Salvador, 08 de novembro de 2025 — A manhã deste sábado, 8 de novembro, não foi apenas mais um treino no Barradão. Foi um capítulo de fé e nervosismo — um ensaio para o juízo final que se aproxima neste domingo, às 16h. O Vitória, com Jair Ventura à frente, treinou lutando contra o calor de Salvador.

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Às nove horas em ponto, a chácara Vidigal Guimarães ainda bocejava, mas o elenco rubro-negro já estava de pé. O café, tomado em silêncio, parecia um rito. Cada colher de açúcar era também um grão de esperança. ☕🦁

Depois, divididos em grupos, os jogadores desceram à academia, onde o ferro fala e o corpo responde. A musculação é, para o atleta, o confessionário dos músculos — e cada repetição, um pedido de perdão pelas falhas passadas.

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Quando pisaram o gramado do Barradão, o sol ardia, testemunha antiga das glórias e desastres rubro-negros. Juninho Nogueira, o preparador físico, deu início à coreografia de aquecimento: ativação, rondo, deslocamentos — um balé de suor e respiração.

Então surgiu Jair Ventura. Com olhar de quem carrega o peso de uma cidade, separou dois times e começou o trabalho tático. ⚽ Era o teatro da esperança. Ensaios de bolas paradas, marcações cerradas, passes rápidos — e, em cada jogada, um grito silencioso: “Amanhã não podemos cair.”

Primeiro, o exercício de 10 x 10 — o embate das vontades, o duelo de egos e de pernas. Depois, 10 x 0, quando o time ensaiou as jogadas como quem ensaia versos para o amanhã. Na sequência, as cobranças de faltas e pênaltis — o velho drama do futebol, onde o herói e o vilão são a mesma pessoa, separados apenas por um centímetro e um sopro de azar. 🎯

Do lado de fora, o Barradão assistia calado. Há estádios que respiram, outros que rezam — o do Vitória, nesta manhã, parecia fazer os dois.

Encerrado o treino, Jair Ventura reuniu o grupo. Palavras poucas, olhares longos. Os jogadores seguiram para a concentração na chácara Vidigal Guimarães. O silêncio agora é o último companheiro antes da batalha.

Neste domingo, o Vitória não enfrentará apenas o Botafogo. Enfrentará o espelho. E, como diria louco poeta, “toda derrota é uma vergonha metafísica”. Mas a vitória — ah, a vitória — é a redenção dos pecadores. ❤️🖤