Rubro-Negro foi beneficiado com empate entre Santos e Internacional, nessa segunda-feira (24)
Há rodadas em que o futebol se comporta como uma tragédia grega: silencioso, cruel, mas inevitável. A segunda-feira (24) entrou para esse capítulo dramático quando Santos e Internacional empataram, permitindo ao Vitória respirar — ainda que por aparelhos — fora do temido Z4. Não foi uma rodada comum. Foi uma sentença suspensa no ar.
O Rubro-Negro, que vem arrancando pontos e orgulho na marra, beneficiou-se do tropeço alheio e consolidou seu renascimento após a vitória categórica sobre o Sport, no domingo (23). Uma vitória que mais pareceu exorcismo do que jogo: tenso, simbólico e necessário.
O eco dessa vitória ainda repercutia quando o técnico Jair Ventura revelou, com a sobriedade característica dos treinadores marcados pela vida, que o presidente Fábio Mota expressou o desejo de mantê-lo no comando em 2026. Uma declaração que caiu como música em meio ao caos da luta contra o rebaixamento.
“Em toda minha carreira eu nunca falei sobre negociação. Fica feio, parece que estou cavando uma situação. O que posso dizer é que o presidente falou que quer contar comigo em 2026. Eu estou extremamente feliz no Vitória”, disse Jair, com a franqueza de quem sabe que o futebol vive de momentos — e que esse momento, finalmente, é dele.
Sua resposta veio após questionamentos sobre um possível retorno ao Sport, que amarga o rebaixamento antecipado à Série B. Mas Jair, alinhado ao momento do Vitória, deixou claro: o coração, o trabalho e o futuro imediato estão em Salvador.
Enquanto isso, o clube observa a tabela com a desconfiança de quem já apanhou demais, mas também com o vigor de quem aprendeu a lutar. Fora do Z4 — ainda que por milímetros — o Vitória enxerga a luz. E, pela primeira vez em muito tempo, ela não parece miragem.
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