Três meses depois da estreia, o atacante que veio como esperança virou um enigma rubro-negro
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📰 Quando chegou, em julho, o clube tratou o anúncio como um acontecimento bíblico. Houve vídeo, houve festa, houve até eleição para escolher o número da camisa — como se o destino pudesse ser decidido por enquete. O atacante, com 34 anos e um currículo asiático de respeito, desembarcou em Salvador para ser a redenção de um time encurralado pelo Z-4.
Mas o futebol não é novela japonesa. E o herói, às vezes, não chega a tempo do último capítulo.
⚽ O craque que veio do oriente e parou no banco
Romarinho voltou ao Brasil depois de 11 anos e uma dezena de taças. Veio a pedido de Fábio Carille, que mal teve tempo de vê-lo estrear. Carille caiu 40 dias depois. O craque ficou — sem palco, sem roteiro, sem aplausos.
Com Carille, jogou uma única partida. Com Rodrigo Chagas e Jair Ventura, virou personagem secundário. Em cinco jogos, somou 121 minutos — um tempo que, no futebol, cabe em dois sustos.
🎭 O drama ganhou tons de ironia: o craque que enfrentou Cristiano Ronaldo no deserto asiático agora se vê à margem de um elenco que luta por sobrevivência. No Ba-Vi, o jogo da alma, nem foi relacionado. O clube alegou “assuntos familiares”. No futebol, essa expressão é uma cortina de fumaça para o silêncio dos deuses.
💥 O corpo que pede tempo
Romarinho chegou ao Barradão em 19 de julho, mas o corpo ficou em trânsito. Passou semanas em recondicionamento físico, enquanto o time desmoronava em campo. A estreia, contra o São Paulo, terminou em derrota — 2 a 0 — e lesão na panturrilha.
O que veio depois foi um calendário de ausências. Entre dores, incertezas e reservas, o atacante somou 50 minutos nas últimas quatro partidas. Nenhum gol, nenhuma assistência, nenhum grito.
📊 Eis a tragédia em números:
5 jogos. 121 minutos. 58 passes certos. 3 finalizações. Nenhuma comemoração.
🔴 O Barradão, palco de fantasmas
No Barradão, a torcida esperava o retorno de um talismã. O que viu foi um fantasma elegante, discreto, que atravessa os treinos como quem busca a si mesmo. O estádio, que vibra com o suor, desconfia dos silêncios.
E o poeta louco, se estivesse vivo, escreveria:
“O futebol não perdoa a falta de épica. O jogador sem drama é um corpo neutro, um gol abortado.”
Romarinho, hoje, é esse personagem trágico — entre o mito e a saudade do que não foi.
🧭 Um último ato em aberto
Na segunda-feira, o Vitória enfrenta o Santos, na Vila Belmiro.
Romarinho pode estar em campo — ou não.
Eis a ironia suprema do futebol: todo jogo é uma chance de ressuscitar.
O atacante, que já foi rei no Oriente, precisa provar que ainda tem trono no Brasil. Porque o Barradão, como todo templo popular, ama seus santos, mas crucifica seus deuses cansados.
⚽ O torcedor ainda acredita. E, no fundo, talvez o próprio Romarinho também.
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