Sem Ronald e Baralhas, Jair Ventura remenda o coração do time e prepara nova dupla para o duelo contra o Cruzeiro. O drama é certo — mas o Vitória vive de superações.
Salvador, 30 de outubro de 2025 — Em meio à boa fase e à luta pela permanência, o Vitória se vê diante de mais um capítulo de seu romance com o imponderável. No sábado, no Mineirão, o rubro-negro encara o Cruzeiro com desfalques importantes e a missão de provar, mais uma vez, que o seu fôlego não vem apenas das pernas, mas da alma.
O futebol, meus amigos, é a mais perfeita tradução do destino humano — e o Vitória, neste fim de outubro, é o espelho do herói trágico que teima em desafiar os deuses. A equipe de Jair Ventura, que encontrou na disciplina e na raça uma nova face, chega à 31ª rodada do Brasileirão com o coração aberto e o elenco desfalcado.
Ronald, o cão de guarda do meio-campo, está suspenso. Baralhas, o operário de confiança, continua sob os cuidados do departamento médico, vítima de uma lesão na posterior da coxa esquerda. Sem eles, Ventura precisa reinventar o eixo que sustentou o time nas vitórias contra Ceará, Bahia e Santos — jogos que reacenderam a fé do torcedor e a esperança de permanência.
Desde que assumiu o comando, Jair Ventura tratou Ronald e Baralhas como pilares do seu Vitória. O treinador já os chamava, entre risos e lembranças, de “volantes de alma”, capazes de correr não apenas pelo campo, mas pelo escudo. “Baralhas é meu volante artilheiro”, disse o técnico, relembrando o acesso de 2023 e o título de 2024 conquistados lado a lado no Atlético-GO.
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Agora, o destino o obriga a apostar em novos intérpretes para a velha peça. Willian Oliveira — titular na derrota para o Corinthians — deve ganhar nova chance, ao lado de Dudu, o reserva que sempre aparece quando o fogo aperta. Pepê e Ricardo Ryller, sombras à espera da luz, completam a lista de opções.
Jair, homem de frases secas e convicções firmes, não acredita em titulares eternos:
“Falei para os jogadores que estejam prontos. Às vezes, quem entra do banco decide. O que importa é o Vitória comemorar a permanência. O clube, por tudo que representa, merece isso.”
E como merece. O Vitória é desses times que carregam o peso de sua camisa como se fosse um destino. O torcedor não torce — sofre, chora, reza. Cada partida é um capítulo escrito com o suor e o grito de um povo que aprendeu a amar no limite do abismo.
No sábado, às 16h, no Mineirão, o duelo contra o Cruzeiro será mais que um jogo. Será o retrato do rubro-negro que insiste em lutar, mesmo quando lhe tiram as pernas, porque ainda lhe resta o coração. E coração, no Vitória, nunca falta. ❤️🖤
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