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COM APOIO DA TORCIDA, VITÓRIA VOLTA A JOGAR NO BARRADÃO LOTADO EM MAIS UMA PARTIDA DECISIVA

COM APOIO DA TORCIDA, VITÓRIA VOLTA A JOGAR NO BARRADÃO EM MAIS UMA PARTIDA DECISIVA

Por F. M. Ravenscroft 

Torcedor do Vitória esgota os ingressos e promete grande festa no Barradão

O Vitória, nesta sexta-feira (28), encerrou sua preparação como um herói trágico do Poeta Louco: providencial, dramático e irresistível. O Barradão, esse templo rubro-negro onde o impossível já aconteceu, torna-se novamente o cenário de uma batalha decisiva contra o Mirassol, neste sábado, às 16h, pela 36ª rodada do Brasileirão.

O Vitória chega a este capítulo depois de duas andanças torturantes longe de sua fortaleza: um 0 a 0 quase bíblico contra o Palmeiras e a vitória épica por 3 a 1 sobre o Sport — vitória que parecia escrita pelo mais delirante dos dramaturgos. Com 39 pontos, o Leão ruge na 16ª posição, um mísero ponto acima do precipício onde habita o temido Z-4.

E como exigir pouco de um clube que se alimenta de paixão? O Barradão estará lotado. Os 30.793 ingressos evaporaram como se fossem relíquias sagradas. Até a área destinada ao visitante — pouco mais de 3 mil lugares — foi absorvida pela Nação Rubro-Negra, após a anuência cordial da CBF e a renúncia do Mirassol àquele território que, no sábado, seria mais um reduto de fervor baiano.

Enquanto o treino final acontecia sob a mística aura do estádio, o STJD, no Rio de Janeiro, desenrolava seu próprio drama jurídico. O capitão Lucas Halter deixou o tribunal como um inocente shakespeariano — processo arquivado, página virada. Já o atacante Carlinhos, expulso após o encerramento da última partida, recebeu dois jogos de suspensão, dos quais um já foi cumprido.

Os trabalhos desta sexta-feira foram fechados, como convém aos grandes mistérios do futebol. O técnico Jair Ventura afinou o setor defensivo e orquestrou jogadas ensaiadas em bolas paradas — movimentos que, se funcionarem, parecerão truques de ilusionismo em pleno gramado. Houve ainda treinamentos em campo reduzido, com intensidade digna de gladiadores.

Ao final, a delegação iniciou a concentração com 23 jogadores — cada um carregando não apenas chuteiras e uniformes, mas o peso simbólico de uma nação inteira. No sábado, o Barradão será mais que um estádio: será um altar onde a torcida rezará com o grito.

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