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Vitória enfrenta o velho freguês: Renato Kayzer reencontra o Vasco, sua eterna vítima

Revelado pelo clube carioca, Kayzer soma cinco gols em cinco duelos contra o Vasco — e sonha repetir o drama rubro-negro em São Januário neste domingo.

O carrasco do Vasco

Salvador, 04 de outubro de 2025 — Há histórias no futebol que desafiam a lógica, e Renato Kayzer é o protagonista de uma dessas tramas de destino. O atacante, forjado nas bases do Vasco, volta ao palco de suas origens como um carrasco vestido de rubro e preto. Em cinco encontros, cinco golpes fatais — e cada um deles soa como uma ironia escrita pelos deuses mais cínicos do futebol.
O futebol, essa ópera de nervos e vaidades, adora ironias. E poucas são tão cruéis quanto a de Renato Kayzer. O centroavante do Vitória, que um dia sonhou ser ídolo em São Januário, reencontra neste domingo (5) o time que o criou — e o rejeitou. O mesmo Vasco que lhe deu o primeiro fôlego profissional é hoje sua vítima preferida, o personagem trágico de sua vingança silenciosa.

Foi no 20 de maio de 2025 que Kayzer estreou pelo Leão da Barra, saindo do banco para marcar dois gols e virar o jogo contra o Vasco. O Vitória, então desacreditado, renasceu em campo — e o camisa 79 foi celebrado como um gladiador em noite de redenção. O algoz estava de volta, e sua sina contra o ex-clube se consolidava: cinco gols em cinco partidas.

Não há acaso nisso. Há destino.
E o destino, quando resolve ser sádico, escreve com chuteiras sujas e suor no gramado.

Estatísticas de Vitória x Vasco


Revelado nas divisões de base do Vasco, Kayzer teve passagem breve e discreta no profissional em 2015. Rodou por Oeste, Portuguesa, Villa Nova, Ferroviária e Tupi, até ter o passe comprado pelo Cruzeiro em 2018. Mas foi longe de São Januário que se tornou o homem que o Vasco mais teme.

Pelo Atlético-GO, em 2020, foi impiedoso: dois gols na Colina e vitória histórica. No Fortaleza, voltou a castigar o ex-time, precisando de apenas dois minutos em campo para deixar sua marca. E agora, no Vitória, o enredo parece pedir outro ato da mesma tragédia.

📊 As maiores vítimas de Kayzer:

1️⃣ Vasco – 5 gols

2️⃣ Flamengo e Juventude – 4 gols

3️⃣ Avaí, Boa Esporte, São Paulo e Goiás – 3 gols

Mas há algo mais em jogo. O Vitória, 17º colocado, luta para escapar da zona da degola. O time venceu o Ceará e tenta reencontrar o caminho da salvação. E Kayzer, artilheiro da equipe com sete gols na temporada, carrega outro fantasma: seis jogos sem balançar as redes.

É nesse contexto de urgência e superstição que ele volta a São Januário — o mesmo templo que o viu nascer e o esqueceu.

Há quem diga que o futebol não tem memória. Kayzer prova o contrário: ele lembra de cada desdém, de cada silêncio. E a cada gol contra o Vasco, é como se respondesse ao passado com o mais cruel dos sorrisos.

Neste domingo, às 16h (de Brasília), a bola rola para mais um capítulo entre o Vitória e o Vasco, o algoz e a vítima, o ex-filho e o pai esquecido.

E se o futebol é mesmo um teatro, Renato Kayzer promete ser o ator principal — talvez trágico, talvez glorioso, mas sempre inevitável.

🎙️ “O futebol é a mais fiel tradução da alma humana — cheio de injustiças, paixões e vinganças.”

— F. M. Ravenscroft, o cronista que entenderia perfeitamente a sina de Renato Kayzer.







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