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Vitória descansa à beira do abismo — e Jair Ventura ganha tempo para curar um time ferido

Data Fifa oferece ao Rubro-Negro sua primeira trégua: dez dias para reorganizar a casa antes do Ba-Vi no Barradão ⚽🦁

É hora de BaVi

Salvador, 07 de outubro de 2025 — O futebol, às vezes, é mais piedoso do que justo. Depois do drama contra o Vasco — uma derrota com gosto de injustiça
— o Vitória ganhou o que mais precisava: tempo. Tempo para respirar, pensar e, talvez, renascer. Pela primeira vez desde que assumiu o Leão, Jair Ventura terá uma pausa verdadeira: dez dias inteiros para reconstruir o que sobrou antes do clássico Ba-Vi, no dia 16 de outubro, no Barradão.
Desde que chegou a Salvador, em 24 de setembro, Jair tem vivido de improvisos e urgências. Três jogos, três sofrimentos: derrota para o Grêmio, vitória contra o Ceará e tragédia no Rio. Até agora, o técnico só conversou — não treinou. Trabalhou com vídeos, ideias e a fé de que o grupo entenderia seu desenho de jogo.

“Foi muito vídeo, muita conversa. Agora, enfim, terei tempo para implementar as ideias”, resumiu Jair, com o olhar de quem sabe que o relógio, por uma vez, joga a seu favor.

Com a folga da Data Fifa, o técnico poderá, enfim, moldar o time ao seu gosto — ajustar o sistema com três zagueiros, dar forma às variações táticas e, sobretudo, encontrar um substituto para Lucas Halter, expulso no caos de São Januário.

O sistema defensivo, tão elogiado na teoria, tem sido um labirinto na prática. Halter fora, as opções passam a ser Neris e Edu. O técnico não esconde que o equilíbrio do setor é sua obsessão. “Com onze em campo seria outro jogo”, lamentou após a queda para o Vasco — e talvez tenha razão.

No ataque, o enigma é outro: Matheuzinho. O camisa 10, outrora maestro do time, vive dias de silêncio. Lesões, oscilações e a sombra de um elenco inchado o colocaram no banco — e fora até da última partida.

“Ninguém tem vaga garantida. Nem o dez, nem o sete, nem o nove”, disparou Jair, em tom evangélico. O pecado, no Barradão, é a acomodação.

Laterais em crise

As bordas do campo têm sido a dor de cabeça constante. Raúl Cáceres, autor de um gol em São Januário, coleciona falhas defensivas. Já Maykon Jesus, que substituiu Ramon, não convenceu. Do lado direito, Claudinho e o jovem Paulo Roberto esperam por uma chance; do esquerdo, restam apenas a esperança e o espelho.

O problema é que o Vitória precisa mais do que jogadores: precisa de identidade. E essa, Jair só conseguirá encontrar com treino, suor e introspecção — como um escritor que rasga páginas até achar a frase certa.

Dez dias para renascer

No futebol, dez dias podem ser eternos ou inúteis. Para o Vitória, cada minuto é decisivo. O Ba-Vi, marcado para o dia 16, será mais que um clássico — será um julgamento. O Barradão, mais uma vez, se transformará em palco e tribunal. O torcedor, como sempre, será juiz, carrasco e amante.

🦁 O Vitória tem, enfim, tempo. Resta saber se tem cura.

📅 Próximo jogo:

Vitória x Bahia — 16 de outubro, 21h30 (Brasília)

Local: Barradão

Competição: Campeonato Brasileiro — 28ª rodada





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