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Vitória pode se inspirar na arrancada de 2024 para começar reação diante do Ceará

Rubro-Negro venceu sete jogos a partir da 26ª rodada e se salvou do rebaixamento

Vitória tenta reação

Salvador, 29 de setembro de 2025 — O futebol, meus caros, é uma peça cruel. De um lado, a derrota contra o Grêmio. Do outro, a memória viva de 2024 — quando o Vitória, condenado pelos profetas do apocalipse, renasceu como um Lázaro rubro-negro. Agora, outra vez na beira do abismo, o Leão encara o Ceará no Barradão. Não é só um jogo: é a salvação ou o enterro antecipado.
O Vitória chega à 26ª rodada como um moribundo que insiste em respirar. O time ocupa a 18ª posição, com 22 pontos, e vê o rebaixamento como fantasma sentado na arquibancada. Mas a história recente sopra esperança: em 2024, a partir desta mesma rodada, o clube baiano iniciou uma arrancada épica.

Naquele ano, o Vitória derrotou o Atlético-GO por 2 a 0, em Goiânia, com gols de Alerrandro e Matheuzinho. A vitória virou senha para uma reação milagrosa: sete vitórias, empates estratégicos, pontos arrancados como dentes de gigantes. O aproveitamento de 56% no segundo turno não apenas livrou o time da degola — deu-lhe também um convite para a Sul-Americana.

Campanha de 2024 (a partir da 26ª rodada):


1. Atlético-GO 0 x 2 Vitória

2. Vitória 1 x 0 Juventude

3. Internacional 3 x 1 Vitória

4. Atlético-MG 2 x 2 Vitória

5. Vitória 1 x 0 Bragantino

6. Vitória 2 x 1 Fluminense

7. Athletico 1 x 2 Vitória

8. Vitória 1 x 2 Corinthians

9. Criciúma 0 x 1 Vitória

10. Botafogo 1 x 1 Vitória

11. Vitória 2 x 0 Fortaleza

12. Vitória 1 x 1 Grêmio

13. Flamengo 2 x 2 Vitória

O drama, porém, se repete com sutis diferenças. Se em 2024 o rival era o combalido Atlético-GO, hoje é o Ceará, adversário mais sólido, instalado no meio da tabela. Mas a tragédia sempre precisa de um antagonista mais forte: quanto maior o obstáculo, mais heroico será a conquista — ou mais dilacerante será a queda.

O palco também muda. Ao contrário da batalha em Goiânia, desta vez o Barradão abre as portas para a esperança rubro-negra. O estádio, testemunha de tantas ressurreições e tantos velórios, será o confessionário de Jair Ventura. O treinador, recém-chegado, não promete mágica. Mas sabe que, sem milagre, o Vitória está condenado à Segunda Divisão.

O jogo contra o Ceará não será apenas uma partida de futebol. Será um julgamento. O Vitória, réu confesso de seus próprios pecados, terá diante de si a chance da penitência ou a sentença final. Jair Ventura é o advogado de defesa que, em noventa minutos, pode reescrever o destino ou confirmar a tragédia.

E no futebol, como dizia o poeta louco, não há lógica. Há apenas o improvável, o absurdo, o delírio. O Vitória pode estar morto, mas é justamente nesse instante que os mortos levantam e caminham.







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