Diretor do Vitória avalia janela e aposta em Rodrigo Chagas

Dirigente rubro-negro exalta a ousadia no mercado, defende a efetivação de Rodrigo e admite: clube segue de olho em jogadores livres

Salvador, 8 de setembro de 2025 — O Vitória abriu a semana com justificativas e confissões. Gustavo Vieira, diretor de futebol, desfiou números, nomes e esperanças: nove reforços, retornos de velhos conhecidos e a aposta na alma rubro-negra de Rodrigo Chagas. No balanço da janela, Vieira foi categórico — “satisfatória” — e ao mesmo tempo humano demais — “poderia ser melhor”.

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A entrevista coletiva desta segunda-feira teve o tom de confissão pública. Gustavo Vieira, sentado diante dos microfones, falou como quem reconhece os pecados e anuncia a penitência. O Vitória mexeu, remexeu e refez o elenco: Thiago Couto, Ramon, Camutanga, Rúben Rodrigues, Rúben Ismael, Dudu, Renzo López, Aitor Cantalapiedra e Romarinho. Uma lista que mistura apostas e desconfianças, promessas e azarados que já chegaram lesionados.

“Foi satisfatório”, disse o dirigente. Mas sua própria voz o traiu: não parecia satisfeito. “Gostaríamos de mais, poderia ser melhor.” Eis o drama: o Vitória contratou 28 nomes ao longo da temporada, mas seis já se despediram. A ciranda não para.

Rodrigo Chagas, o homem que saiu do sub-20 para ocupar o trono de Carille, foi tratado como escolha inevitável. “O Rodrigo sempre esteve no radar, pela história, pelo vínculo, pela conexão com o torcedor.” A frase é clara, mas por trás dela há a tragédia silenciosa: trocar técnico é sempre um luto.

O dirigente não fugiu:

⚽ “É um trauma. Reorganiza-se tudo, aposta-se em um resultado imediato que não é garantido. É estresse. Mas, inevitável.”

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Vieira ainda deixou escapar um fio de esperança. Embora a janela esteja fechada, os olhos seguem abertos para jogadores sem contrato. Uma obsessão que revela, antes de tudo, a eterna carência de quem sonha com mais, mas precisa se contentar com menos.

No Castelão, sábado, às 16h, o rubro-negro terá seu teste de fogo contra o Fortaleza. A partida não será apenas um jogo: será a primeira grande confissão em campo da nova era Rodrigo Chagas.

🔥 Entre a ousadia do mercado e as cicatrizes recentes, o Vitória vai se reinventando. O torcedor, como sempre, que sofra — e que creia.