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Com apoio ensurdecedor da torcida, Vitória supera o Mirassol e empurra o Inter de volta ao Z-4

Xô, Z-4! Com o Barradão lotado, o Vitória fez o dever de casa ao bater o Mirassol por 2 a 0
Vitória 2 x 0 Mirassol

Ah, minhas senhoras e meus senhores, o Barradão não viveu apenas um jogo. Viveu uma epifania rubro-negra, daquelas que fariam o próprio poeta louco jurar ter visto anjos vestidos de vermelho e preto caminhando sobre o gramado. O Vitória, em tarde de pura tragédia anunciada — e devidamente desmentida — ergueu-se como um gigante de fúria e poesia para derrotar o Mirassol por 2 a 0 na 36ª rodada do Brasileirão.

A alma da partida surgiu dos pés de Lucas Halter, que abriu o placar como quem abre uma cortina de teatro, anunciando o início da redenção. Depois, Matheuzinho converteu o pênalti com a frieza dos criminosos elegantes — aqueles que sabem que o destino está escrito antes mesmo da bola rolar.

E se o drama exigia herói trágico, aí estava ele: Thiago Couto, que no segundo tempo defendeu tudo que se atreveu a respirar dentro da área rubro-negra. Foram intervenções tão milagrosas que, por momentos, parecia que o Mirassol chutava contra um santo canonizado pela arquibancada.

Os Minutos Finais

Nos acréscimos, o Barradão ferveu com a intensidade de um teatro grego. O Mirassol insistia, lutava, tentava escrever um capítulo próprio — mas o Vitória, empurrado por sua fé rubro-negra, aniquilou cada lampejo adversário. Cada desarme era um ato de exorcismo. Cada lançamento, um verso épico.

Aos 44 minutos, o pênalti. O estádio prendeu a respiração — e então explodiu. Matheuzinho bateu rasteiro, frio, implacável. O segundo gol não foi apenas um gol: foi um veredicto. Uma sentença definitiva contra a sombra do Z-4.

O Barradão: personagem principal

Numa tarde que já pertence à mitologia rubro-negra, o Barradão foi mais que um estádio. Foi templo, foi palco, foi altar. A casa transbordou de vozes, tambores e um fervor quase religioso.

“O Vitória não venceu sozinho. Venceu empurrado pelo rugido ancestral de sua gente.”

Os gritos ecoavam como se quisessem mover o próprio destino. E moveram. Porque quando o Mirassol parecia crescer, quem crescia mesmo era a multidão. Quando o time tremia, era o mar vermelho e preto ao redor que o sustentava. E quando o gol saiu, saiu primeiro no coração da arquibancada.

A Torcida do Leão Colossal não foi coadjuvante — foi protagonista absoluta. Foi força dramática

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