Rodrigo Chagas diz que gol desestabilizou o Vitória e avalia jejum fora de casa: "Temos que ter algo a mais"

Entre o drama e a fatalidade, o treinador rubro-negro tenta decifrar um Vitória que desaba ao primeiro golpe e mendiga pontos fora de casa.

Salvador, 14 de setembro de 2025 — O Castelão foi palco de um espetáculo cruel: o Fortaleza renasceu com a fúria de quem rejeita a cova, enquanto o Vitória, trêmulo e frágil, tombou ao menor sopro. Rodrigo Chagas, em sua estreia oficial como técnico efetivado, admitiu — o gol inicial foi a sentença de morte do rubro-negro.

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O futebol, esse drama sem ensaio, mostrou-se impiedoso no sábado. O Vitória, que sonhava com a fuga do Z-4, tropeçou na própria sombra e sucumbiu diante do Fortaleza por 2 a 0. Breno Lopes e Bruno Pacheco foram os algozes. Cada chute deles foi mais do que gol — foi punhalada.

Rodrigo Chagas, o homem incumbido de ressuscitar cadáveres, saiu do Castelão com a alma encharcada de angústia. Na coletiva, confessou:

“Fizemos um bom primeiro tempo, mas depois do gol nos desestabilizamos. No segundo tempo, um gol em um minuto quebra qualquer estratégia.”

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Era o epitáfio de noventa minutos. O rubro-negro tentou, lutou, ergueu a espada, mas parecia um gladiador cansado, que sangra antes da luta acabar.

O técnico ainda pediu paciência com Matheuzinho, que voltou de longa ausência. Mas paciência é luxo quando o relógio corre e a degola espreita.

“Temos que ter algo a mais fora de casa. Em casa somos fortes, mas precisamos beliscar pontos longe do Barradão.”

Na tabela, o Vitória continua no purgatório — 17ª posição, 22 pontos, respirando por aparelhos e dependente de um milagre.

A derrota foi mais do que um placar. Foi a repetição de um enredo que já virou hábito: fora de casa, o time é sombra, é suspiro, é quase nada. O próprio Chagas resumiu a tragédia:

“O detalhe nos matou. E, no futebol, detalhe é destino.”

Agora, o Barradão será tribunal e salvação. No próximo sábado, contra o Fluminense, o Vitória jogará não só por três pontos, mas contra o fantasma da irrelevância.